A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL COMO BASE DOS CONFLITOS PSÍQUICOS
Deus nos deu as coisas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, por que então amamos as coisas, nos apegando exageradamente a elas, vivendo a escravidão do “ter” para estarmos felizes?
Por que usamos as pessoas como se fossem objetos, em vez de amá-las, cada vez que nos sentimos donos de suas vidas, de seus destinos, impedindo-as de serem elas mesmas?
Talvez seja porque nos tornamos pessoas “metades”, porque na verdade para nos sentirmos felizes, nos tornamos viciados na posse das coisas e no que nos proporciona o amor dos outros. Vivemos muitas vezes, em função da segurança, da proteção proporcionada pelas coisas materiais, da valorização e do aplauso que as pessoas nos dão, como também, buscamos por vezes, de forma exagerada, a felicidade pela segurança que o abraço, que o beijo, que a presença amiga de alguém nos proporciona, como se ainda fossemos crianças buscando o colo materno.
O vício do reconhecimento nos torna escravos e dependentes emocionalmente das coisas, da atenção e da valorização das pessoas, sendo uma necessidade que desenvolvemos desde a infância, nos fazendo buscar a aceitação alheia das nossas virtudes e qualidades, como forma de estarmos bem conosco e com os outros. Este vício de ser reconhecido desenvolve em nós o sentimento do “aparentar ser”, nos fazendo por demais exigentes de atenção das outras pessoas.
A vaidade, a prepotência, a mania de perfeição, a presunção e o orgulho, são sentimentos que nos escravizam e nos mantém presos na dependência de sermos superiores e melhores para estarmos bem e felizes, o que é uma grande ilusão. Você já parou para pensar quanto gastamos de energia para aparentar ser o que não somos? Ou o quanto sofremos desnecessariamente ao não receber aquele elogio ou o reconhecimento que julgamos sermos merecedores?
Se aprendermos a renunciar o nosso egoísmo, compreendendo e aceitando tudo que nos é imposto pela vida, certamente nos libertaremos desta escravidão emocional do “ter” e do “aparentar ser”, reduziremos as nossas expectativas e idealizações egocêntricas, tornando-se pessoas mais felizes e livres emocionalmente.
Pensem nisso!
Por Adriana Lobo