Falsos Egos (continuação)

 O Ansioso – Sofre de inquietação excessiva, que chega a ser crônica a respeito de um perigo iminente, geralmente imaginário. Parece estar sob uma espada, pensa em catástrofes e sempre sente um medo paralisante, e por isso, tem a tendência de assumir riscos. Pessimista por natureza, está sempre imaginando situações de fracasso e humilhação. Afetado por suas próprias previsões, está sempre dizendo que: – “eu já sabia disso”.

Para ajudar o ansioso é preciso trazê-lo ao presente e substituir suas fantasias de fracasso.

O Angustiado – Igual ao ansioso, o angustiado vive com medo,  como tivesse uma doença psíquica ou física. A angústia pode passar de uma simples preocupação para uma crise de pânico e fobia. Transpiração abundante, espasmos, aceleração do pulso, sufocação e aperto na garganta.

Como não compreende suas causas de mal estar, não sabe a origem e acaba ignorando seu significado. Normalmente sua angústia é uma manifestação camuflada de sua sombra, de uma parte reprimida, a qual tenta encontrar um meio de expressão.

A angustia, por recorrer a um modo simbólico para exprimir, acaba então tomando a forma aspecto de várias fobias.

O Dependente – A falta de consciência de suas fronteiras psicológicas acaba sendo a principal característica do dependente, porque é levado a perder de vista as relações com os outros, é incapaz de ver e de tolerar as diferenças que os separam.

Incerto quanto aos seus estados, usa sempre expressões como “Você me deixa louco”, Você me dá prazer” ou ‘Eu sou o que vivo”, e isso faz que sinta sempre um mal estar ou uma ameaça para os outros e para si mesmo.

Sofre sem cessar a influência dos outros, a ponto de renunciar a sua originalidade por causa, normalmente, de assimilar mal os ensinamentos e princípios da vida ao introjetar isso de seus educadores.

Tem um superego tirânico.

O Independente – Situa-se no polo oposto ao dependente, onde construiu para si, fronteiras intransponíveis, as quais, as vigia constantemente para se proteger. Suspeita sempre que os outros estão falando dele, desconfia de admiração e dos afetos que recebe.

Tenta o tempo todo evitar isso, com medo das ciladas imaginárias e fala sempre da sua independência e de sua liberdade, por que as considera sempre ameaçadas.

Suas ideias são muito claras sobre a própria identidade, porque sabe distinguir o que lhe pertence e o que não, conhece limites de sua personalidade, não deixa que o definam por opiniões alheias, permanecendo livre e independente.

Permite que vejam sua vulnerabilidade, bem como manifesta certa dependência em relação às pessoas que escolheu por sua fidelidade e sólida amizade.

É um contraste dos dois últimos tipos descritos, pois as fronteiras das pessoas que tem Auto-estima são flexíveis.

Conclusão  – As doenças relativas à Auto-estima não são muito estimulantes, porém é reconfortante saber que por meio de simples estratégias, como mudar o olhar de si mesmo, a pessoa pode modificar seu diálogo interior e controlar suas emoções e sentimentos, tornando-se capaz de se libertar de suas neuroses, afinal a auto-reeducação é sempre possível.

 

Por Edson Cavichioli

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